Argentina qualificou-se para a final da Copa América e extremo vai despedir-se

Com a qualificação da Argentina para a final da Copa América, falta apenas um jogo a Angel Di María para deixar a seleção. Recorde-se que o extremo havia há muito dito que esta seria a sua última competição internacional com a Argentina.

Terça-feira, depois da vitória sobre o Canadá nas meias-finais, Di María – que foi titular – sentiu o peso da emoção e comentou algumas coisas que foram ditas mesmo antes do jogo.

“Espero terminar da melhor maneira. Aconteça o que acontecer na final, acho que vou sair pela porta grande. Fiz de tudo para sair por essa porta. Eu só trabalho, faço o trabalho que tenho de fazer e tento sempre dar o meu melhor. Dei a minha vida por esta camisola. Houve alturas em que não correu bem, ultimamente tem acontecido,” disse em lágrimas o jogador de 36 anos.

“Estou grato a todos os que sempre me apoiaram, à minha família e a esta equipa que me deu tudo. Hoje, antes de entrar em campo, o Leo (Messi) disse que queriam chegar à final por mim e isso deixou-me muito orgulhoso. Ter a oportunidade de conseguir tudo o que consegui nos últimos tempos com todos eles é um motivo de orgulho para mim,” acrescentou.

A decisão de sair é irreversível, sublinhou: “Não estou pronto para o meu último jogo com a seleção, mas chegou a altura. Sonhei com isto desta maneira e foi o que consegui, chegar a mais uma final.”

“Os meus companheiros sabem que não há volta atrás, que a minha decisão está tomada. Apoiam a decisão que tomei. Só falta um jogo e é o que eu queria…. Eu tinha condições para continuar, mas acho que é o momento perfeito, está decidido. Dei tudo o que tinha para dar. E nos jogos da Argentina, lá estarei para vê-los,” acrescentou.

O jogador, que em junho terminou contrato com o Benfica e tem ainda o seu futuro por decidir, deixou também uma mensagem no Instagram: “Não consigo encontrar palavras para descrever tudo o que estou a sentir neste momento, mas o que quero realçar é a gratidão que sinto por este grupo de jogadores, cada um deles tornou possível chegar onde estou agora, sem cada um deles nunca teria conseguido ganhar tudo o que ganhei. Levo comigo muitos troféus importantes mas as pessoas, os colegas de equipa. Os amigos que levo comigo é algo que não se compra com nada. Um agradecimento infinito a este grupo que levarei sempre no meu coração. Vamos lá, Argentina. Mais uma final, mais um passo.”