Apesar de bons sinais na pré-época, o Benfica pouco fez para resolver uma das principais lacunas da última temporada, algo que ainda não foi exposto nos jogos particulares.
A pré-época avança. O Sporting procurou ser tão cirúrgico no mercado como nas épocas anteriores, mas encontrou resistência na venda de Ioannidis. Tudo parece novamente bem estudado e planeado desde a chegada de Rúben Amorim, e mesmo a inesperada saída do capitão Coates abre perspetivas de melhoria do setor. A troca do uruguaio pelo belga Debast, com St. Juste e Quaresma ainda na sombra, promete facilitar a saída pelo meio das ondas de pressão contrária.
Na questão do ponta de lança e no reforço com um extremo-esquerdo destro, as coisas apresentam-se mais demoradas. A venda de Paulinho aumentou a necessidade de profundidade no plantel. Se o 11 habitual não está em risco, o nome de Gyokeres voltou a ser mencionado. O Sporting não desiste do grego, seja para segurança imediata ou para fortalecer o ataque nos próximos meses.
Depois de um título que coloca o clube como favorito a nova conquista, o caminho traçado parece dar à equipa maior segurança para enfrentar as diversas competições. Resta apenas fechar os negócios em curso ou encontrar alternativas.
No Benfica e no FC Porto, existem bons sinais, embora não tenham sido realmente testados. Nos encarnados, num contexto mais exigente, a pressão e reação à perda foram apertadas, e o poder de fogo aumentado. A inclusão de Pavlidis, Marcos Leonardo como segundo avançado, Aursnes a interior, e Florentino e Leandro Barreiro juntos, são indicadores positivos.
Ainda há situações que derivam da falta de confiança, como na eliminação do espaço atrás dos médios, com uma última linha mais subida ou através de encurtamentos. A boa resposta de Tomás Araújo, substituindo António Silva e Otamendi, ainda não foi suficiente para seguir os passos do rival de Alvalade. Em teoria, o Benfica permanece pressionável e ainda lento na cobertura da profundidade. Os próximos adversários poderão expor estas fragilidades. Aguardemos.