A seleção nacional de futebol de praia venceu as Seychelles por 7-3 e está a um passo de garantir a qualificação para o Campeonato Africano da modalidade. Jogadores e equipa técnica afirmam que a vitória é justa e o objetivo agora é garantir o apuramento em Maputo.

Primeira parte da eliminatória de acesso ao Campeonato Africano das Nações de Futebol de Praia ganha em terreno adversário. Porém, não foi fácil, até porque Saidate Moveia e seus pupilos sabiam que não encontrariam uma Seychelles acessível, tal como no Cosafa.

As Seychelles estão a preparar-se para organizar o Campeonato do Mundo do próximo ano e, por isso, precisam de estar a um nível elevado.

O início foi com um susto para Moçambique, quando as Seychelles marcaram primeiro, de bola parada. Nada que fizesse estremecer o combinado nacional.

Até porque não foi preciso muito tempo para os “guerreiros da praia” mostrarem a sua garra e determinação, tal como tinham prometido. Arroz empatou logo a seguir, num remate cruzado a descobrir as fragilidades do guarda-redes contrário.

Depois foi Mabomo a virar o resultado ainda no primeiro período, de bola parada, com um remate forte. O primeiro intervalo chegou com uma vantagem magra para Moçambique.

No segundo tempo, houve muito equilíbrio, com as duas seleções a procurarem errar menos e tentar o contra-ataque. O guarda-redes de Moçambique esteve bem a defender as redes. Apenas houve registo de um golo, de Rachid, também de bola parada, a ampliar o marcador para Moçambique.

No último período, Moçambique esteve mais forte, apesar de alguma reação dos donos da casa. Quer em bolas paradas como em jogadas corridas, o combinado nacional marcou golos de todos os tipos e conseguiu ampliar o resultado, por Ramossete, Mabomo, Arroz e Moreira.

As Seychelles conseguiram apenas dois golos nesse período, insuficientes para evitar uma pesada derrota de 7-3, que leva Moçambique para a segunda mão, sábado, na Arena do Costa do Sol, em Maputo, com uma vantagem confortável.

Os “guerreiros da praia” partem com uma vantagem de quatro golos, precisando apenas de um empate para chegar ao “africano” de Marrocos, ainda este ano.

Em reação ao jogo, Arroz disse que as Seychelles tentaram criar algumas dificuldades, mas, tal como haviam prometido, o objetivo era vencer a partida.

“Foi um jogo bem corrido. Batalhámos por esta vitória e achávamos que o adversário fosse facilitar, conforme conhecíamos as Seychelles, mas não foi o que se mostrou hoje,” disse Arroz, acrescentando, “lutámos e mostrámos que temos garra e o que queríamos era mesmo vencer, e ganhámos o jogo.”

Por seu turno, o selecionador nacional, Saidate Moveia, fez uma análise do jogo, afirmando que encontraram um adversário difícil, diferente do esperado.

“Seychelles que encontramos aqui é uma seleção diferente e não contávamos com esta postura deles. Pressionou bastante e jogou com tudo, conforme prevíamos,” disse Moveia.

Ainda assim, segundo o selecionador, não foi necessário acelerar muito para reverter o resultado inicial. “Entraram a ganhar, mas como a equipa já vinha treinando com processos assimilados, dominaram os momentos de jogo que treinámos e, no momento certo, fomos ao empate,” disse, acrescentando, “a partir daí, jogámos e conseguimos essa vitória.”

Para o jogo da segunda mão, em Maputo, Moveia é claro: “Em Moçambique, vamos jogar diferente e vamos tentar manter este resultado, acima de tudo.”

Os “guerreiros da praia” deixaram Vitória, este domingo, com destino a Maputo, onde esta terça-feira regressam aos treinos visando o jogo de sábado, na Arena do Costa do Sol.

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