Com 13 golos nos jogos dos líderes, o campeonato está longe de acabar, e o FC Porto está à espreita.

Numa jornada peculiar, que ainda não terminou, o campeonato voltou com a força dos maiores a prevalecer. Mesmo com jogos entre as duas rondas da Liga, Sporting e Benfica foram esmagadores, como o FC Porto já havia sido em Faro, embora sem a Taça da Liga pelo meio.

O destaque vai inevitavelmente para os leões, líderes do campeonato, que entraram em campo depois de saber que os perseguidores tinham ganho e conseguiram, diante do Casa Pia, construir a maior vitória caseira dos últimos 50 anos. Oito golos de diferença não acontecem todas as semanas, e no caso do Sporting é preciso recuar até fevereiro de 1974 para encontrar um feito semelhante, então diante do Oriental.

Ameaçado pelo imponente triunfo do Benfica na Amadora, muito feito pela magia de Arthur Cabral e Rafa, o Sporting entrou em campo, na prática, com menos dois pontos que o arquirrival.

A pressão não se fez notar, e um golo marcado nos primeiros minutos desanuviou o ambiente. Depois tratou-se da magia do futebol: o que os leões falharam em Leiria, na terça-feira, diante do SC Braga, para a Taça da Liga, marcaram ontem, até com juros, na baliza do Casa Pia, que apresentou boa ideia de jogo mas não chegou a ter tempo para perceber onde tinha aterrado.

Faltam muitas jornadas, e cada ponto é uma conquista. Mas temos campeonato, até porque o FC Porto mostra que não dorme e traz uma série vitoriosa que coloca em sentido os adversários na luta pelo título. O SC Braga vem um pouco mais longe, mas tentará, quarta-feira, distanciar-se do Vitória, que perdeu em Barcelos, e não perder o pelotão da frente. Faltam 15 jornadas, a emoção está para durar. Se possível com muitos golos.