Numa entrevista à BTV, esta terça-feira, Rui Costa, presidente do Benfica, abordou o tema das comissões no mercado de transferências, assegurando aos adeptos que o clube mantém uma postura transparente e responsável nesta matéria.
O líder encarnado reconheceu que as comissões são sempre um tema sensível, gerando “algumas dúvidas”, e aproveitou para esclarecer como a SAD operou durante o mercado de verão, sublinhando que a metodologia seguida foi a mesma que já tinha sido aplicada na época anterior.
“Fala-se sempre das comissões e é sempre um tema muito crítico, que suscita sempre muitas dúvidas, e faço sempre questão de explicar todas as comissões que são pagas nas transações do Benfica. As indicações da FIFA são 10 por cento nas vendas e nós, mais uma vez, ficámos abaixo desses 10 por cento. Finalizámos o mercado, em termos de vendas, com 8.9.”
Rui Costa explicou ainda que, muitas vezes, existe confusão sobre a razão pela qual o Benfica tem de pagar comissões nas transferências dos seus jogadores. No entanto, esclareceu que essas comissões são previamente contratualizadas e fazem parte do processo de negociação com os agentes.
“Não pagamos comissões sem elas estarem contratualizadas. E as equipas desta dimensão não conseguem ter jogadores sem que os agentes contratualizem as saídas dos seus jogadores, daí nós pagarmos os 10 por cento, ou abaixo dos 10 por cento até, como aconteceu mais uma vez este ano, sobre as saídas.”
Sobre as contratações, Rui Costa destacou que o Benfica não teve qualquer encargo com comissões nas entradas de novos jogadores, mantendo a política de minimizar esses custos. “Pagámos zero nas entradas, uma vez mais; não tivemos nenhum encargo com as entradas.”
No final, o presidente fez uma síntese clara da situação, sublinhando que o clube pagou comissões apenas sobre os contratos dos jogadores, como é prática comum em todo o mundo, e que o Benfica conseguiu manter as comissões das vendas abaixo dos 10 por cento, terminando o mercado com 8.9 por cento.
