Bruno Lage: «Ainda não fizemos nada de especial»

Treinador do Benfica sublinha a necessidade de a equipa continuar a evoluir e pede o “máximo compromisso” no próximo jogo frente ao Gil Vicente, a contar para a 7.ª jornada da Liga.

Após três vitórias em três jogos desde o seu regresso ao comando do Benfica, Bruno Lage mantém os pés assentes na terra, afirmando que ainda há muito trabalho a fazer. O técnico destaca que a equipa precisa de continuar a crescer e exige total concentração para o próximo desafio.

Questionado sobre se o Benfica já está a jogar ao seu nível, Lage foi claro: “O mais importante é trabalhar diariamente para atingir esse objetivo.” E acrescenta: “Sei o que os adeptos esperam, pois também cresci aqui e identifico-me com o clube. A nossa ambição é crescer como equipa. Temos criado mais oportunidades de golo e queremos continuar assim. Ainda não fizemos nada de especial, só ganhámos três jogos. Por isso, peço o máximo compromisso contra um adversário exigente. O que controlamos é o nosso trabalho.”

O técnico fez questão de frisar que o sucesso não é individual, mas coletivo, destacando a importância da união dentro da equipa: “Desde o primeiro dia que a palavra-chave tem sido a cultura do clube. O que precisamos de melhorar é o trabalho em equipa. Não sou eu que ganho, nem nenhum jogador em particular, é a equipa. Falo muito sobre o talento ao serviço da equipa e como cada um pode contribuir. Quero destacar a iniciativa do nosso capitão, o Nico [Otamendi], que organizou um encontro fora do Seixal com os colegas. Isso faz parte da construção da cultura de equipa, algo que vem da base do clube.”

Em termos de estratégia para o campo, Lage foi igualmente assertivo: “Quero uma equipa mais agressiva no último terço, a criar espaços e mais oportunidades de finalização.” O treinador revelou que tem trabalhado intensamente com os avançados e alas para melhorar as movimentações e os cruzamentos no ataque: “Defender é fácil, como dizia o mestre Jaime Graça, é correr e ter toda a equipa atrás da linha da bola. Todos têm a responsabilidade de correr e ser agressivos na recuperação.”