Afinal, bastaram apenas quatro dias para vermos Aursnes a atuar como lateral-direito.

“Temos um plano para todos os jogadores”
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Bruno Lage, treinador do Benfica, a 17 de janeiro
No passado domingo, poucas horas depois das lesões graves que encerraram as temporadas de Bah e Manu Silva, referi que, após um mercado de janeiro sem reforços para a lateral-direita, mesmo com a saída de Kaboré, Bruno Lage teria de rezar “a todos os santinhos para que mais ninguém se magoe, ou ainda teremos de rever Aursnes a lateral…”. O que parecia uma hipótese distante concretizou-se em apenas quatro dias.
Nem vale a pena insistir na falta de coerência em não reforçar a defesa. Até seria compreensível que Bruno Lage depositasse mais confiança em Leandro Santos do que em Kaboré ou em qualquer outra opção que a SAD pudesse ter sugerido neste mercado de inverno.
Benfica: perto do título, mas com fragilidades evidentes
O Benfica encontra-se a apenas quatro pontos do Sporting, mas a confiança na equipa é escassa. As fragilidades defensivas têm sido evidentes e preocupantes para os adeptos.
Se Bruno Lage garantiu que tem um plano para todos os jogadores, como afirmou há um mês quando questionado sobre a escassa utilização de Prestianni, o que dirá agora sobre a gestão de Leandro Santos? É improvável que estivesse nos planos do treinador lançar o jovem lateral-direito da equipa B num jogo decisivo da UEFA Champions League contra o Mónaco, especialmente se Tomás Araújo ficar afastado por mais de seis dias. E, nesse caso, Aursnes também não será alternativa, pois a sua presença no meio-campo é fundamental devido à ausência de Florentino por castigo.
Quando os planos falham…
Os planos têm um problema: podem sair furados. E, ainda que a probabilidade de ver dois jogadores chave sofrerem lesões graves no espaço de três minutos seja reduzida, o Benfica deveria ter ponderado essa possibilidade em janeiro. Agora, Leandro Santos passa, de forma forçada, a ser o plano A para um duelo decisivo da UEFA Champions League