Jovem avançado argentino é o principal candidato a um lugar no onze ao lado de Pavlidis e não apenas pelo que oferece ao Benfica com a bola. É uma das melhores notícias da pré-época das águias.
A verdadeira discussão, perdoem-me, não deveria ser se Prestianni terá minutos suficientes, mas sim onde jogarão Marcos Leonardo, que teve a vaga de Rafa aberta após a imediata resposta de Pavlidis, e Kokçu, que demonstrou que o seu lugar é mais avançado do que o inicialmente planeado, desempenhando bem essa função no Feyenoord nos últimos meses. Por mais que pareça precipitado, quem viu o jovem argentino jogar no Vélez Sarsfield reconhece-lhe a personalidade e o talento necessários para ter um grande impacto no futebol do Benfica, como já se tem visto nos jogos de preparação.
Embora o jovem brasileiro tenha aproveitado bem a oportunidade e não haja dúvidas sobre a qualidade do turco, o companheiro ideal para Pavlidis, tanto com a bola como na pressão que a equipa deseja implementar, parece ser o jovem da Ciudadela, terra natal de Tévez e Fernando Gago, na grande Buenos Aires. É uma das melhores notícias da pré-época dos encarnados, que buscam a solidez competitiva para enfrentar com força as competições internas e a Liga dos Campeões.
Prestianni, Pavlidis, o regresso de Aursnes à posição certa, a sustentação dos dois médios-centro e a agressividade de posicionamento e desarme de Bah e Beste poderão devolver ao Benfica a pressão alta e a reação à perda, habilidades esquecidas nos últimos meses. E, se Schmidt quiser, ainda há a inteligência de João Mário disponível para a direita, embora seja natural que Di María e Neres, se o brasileiro continuar, ganhem essa corrida. A eventual afirmação de Prestianni poderia empurrar Marcos Leonardo para o banco, permitindo ao clube da Luz deixar sair com mais tranquilidade Arthur Cabral e Tengstedt.
Curiosamente, mesmo sem reforços, exceto Beste, os encarnados também resolveram um dos problemas do passado: a primeira fase de construção. Leandro Barreiro assume-se como um pivot importante, mas o outro grande responsável é Tomás Araújo, que apresenta a excelência de passe de um bom médio. Resistirá o técnico ao regresso de Otamendi, carregado de estatuto e com a braçadeira, e apostará numa dupla só portuguesa, que se conhece desde os tempos da B e parece refletir melhor – até pela inconstância de Morato – o que o Benfica precisa? O Schmidt da primeira época talvez não tivesse dúvidas. O de hoje deu já sinais de que a abordagem foi repensada, mas será suficiente?
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