O Benfica voltou a vencer, mas não conseguiu afastar os fantasmas que têm assombrado a equipa nos últimos tempos. O golo de Kokçu, logo nos primeiros minutos, trouxe esperança aos adeptos, mas acabou por ser o único momento de verdadeira inspiração num jogo marcado pela falta de criatividade e eficácia.
A pressão inicial do Benfica parecia promissora. A equipa entrou em campo como se não houvesse amanhã, sufocando o Estrela da Amadora desde o apito inicial. No entanto, este domínio traduziu-se em poucas ocasiões de perigo real. “Foi um sufoco estéril,” com muitos remates e posse de bola, mas pouca concretização.
Aos 14 minutos, numa jogada que envolveu Florentino Luís, Aursnes e Pavlidis, a bola chegou a Kokçu, que não hesitou em rematar com força, marcando o único golo da partida. Apesar da potência do remate, ficou a sensação de que o guarda-redes Bruno Brigído poderia ter feito mais.
No entanto, a exibição do Benfica deixou muito a desejar. A equipa controlou a posse de bola, mas não conseguiu transformar esse domínio em oportunidades claras de golo. O Estrela da Amadora, apesar de não ter criado perigo, defendeu-se bem e conseguiu evitar um resultado mais dilatado.
Com o regresso de Otamendi ao onze inicial e a titularidade de Tomás Araújo, Roger Schmidt optou por deixar Di María no banco, talvez indicando que o argentino ainda não está na sua melhor forma física. A entrada de Tiago Gouveia após a lesão de Aursnes também sublinha que o jovem português pode estar atualmente um passo à frente do campeão do mundo.
A segunda parte do jogo foi uma réplica da primeira. O Benfica continuou a pressionar, mas a falta de eficácia foi evidente. O Estrela da Amadora tentou, sem sucesso, chegar à baliza de Trubin, mas nunca conseguiu criar verdadeiro perigo.
O Benfica venceu de forma merecida, mas continua a dever uma exibição convincente aos seus adeptos. A equipa mostrou-se segura na defesa e controlou o jogo no meio-campo, mas faltou-lhe o brilho e a criatividade no ataque.