Benfica 3-1 Almería: Pavlidis e Marcos Leonardo em Grande Forma, Sinais Positivos na Estreia de Beste

O Benfica venceu o Almería por 3-1, num jogo particular em França, com Pavlidis e Marcos Leonardo a destacarem-se. O ponta de lança grego marcou o quarto golo da pré-época e Schmidt recebeu boas vibrações da equipa.

Pavlidis
Depois de uma operação ao polegar da mão direita, Pavlidis voltou a mostrar a sua importância na ideia de futebol ofensivo de Schmidt. Desceu várias vezes para recuperar bolas e lançar os companheiros, aparecendo sempre na zona de finalização. Dinâmico, marcou um golo oportuno a passe de Marcos Leonardo e esteve perto de marcar outros. Rematou muito e com perigo.

Marcos Leonardo
Jogando um pouco atrás de Pavlidis, o atacante brasileiro foi extremamente intenso e intencional em todas as ações. Rapidíssimo em espaços curtos, rematou para uma boa defesa logo ao minuto 2, aos 31′ atirou ao lado do poste, fez o passe para o golo de Pavlidis e retirou-se de campo antes do intervalo com mais um grande remate para nova boa defesa.

David Neres
Primeira parte de nível já muito elevado do extremo brasileiro, sempre intenso e criativo, com um futebol diferenciado que ajudou a equipa a mandar no jogo. Cruzou sempre com muito perigo e arriscou no remate, embora neste aspeto lhe tenha faltado melhor definição. O movimento que Neres fez da direita para o centro e o passe para Marcos Leonardo lançar o golo de Pavlidis foram deliciosos.

Jan-Niklas Beste
Estreia do lateral-esquerdo alemão, a mais recente contratação dos encarnados. Beste entrou depois do intervalo e ainda revelou alguma deficiência no posicionamento defensivo, fruto da ansiedade. Porém, mostrou ser um jogador muito rápido e com vertigem ofensiva. Começou por cruzar mal, mas foi ajustando a definição e cruzou rasteiro para o segundo golo, apontado por João Mário.

Os Outros que Jogaram:

  • Trubin — Jogou a primeira parte, sem sobressaltos, mas sofreu um golo no qual não teve culpa.
  • Tiago Gouveia — Jogou a lateral-direito e mostrou falta de rotina. Muito longe do extremo, deixou que ele aparecesse para rematar e ficou mal na fotografia do golo do Almería. A atacar teve movimentos interessantes, cruzou com qualidade e combinou com Neres, mas prendeu muito a bola e quebrou, por vezes, a dinâmica ofensiva da equipa.
  • Tomás Araújo — Seguro a defender, destacou-se principalmente nos passes longos e nas saídas com bola. Aos 8 minutos lançou Pavlidis na área do adversário, mas o ponta de lança recebeu de forma deficiente.
  • Morato — Sem tremer pelo ar ou junto à relva, mas a precisar de maior critério no passe.
  • Álvaro Carreras — Falhou demasiados passes nas transições e cruzou muito, mas quase sempre mal. Porém, aos 45 minutos fez passe atrasado para Pavlidis quase marcar.
  • Florentino — Recuperou muitas bolas e entregou-a bem, sempre perto da zona em que esteve a bola.
  • Leandro Barreiro — Joga de forma simples, mas ainda demonstra dificuldade para ocupar o espaço. Sem bola, distraiu-se algumas vezes e deixou adversários entrarem nas costas. Intenso nos duelos e com dinâmica para jogar no campo todo.
  • Aursnes — Muito inteligente na ligação entre a defesa e o ataque, surgiu com perigo várias vezes. Muitas das boas ideias do jogo do Benfica passaram pelo norueguês, ala esquerda neste desafio.
  • Samuel Soares — A jogar com os pés transmitiu alguma insegurança, mas no geral mostrou qualidade e, aos 83 minutos, foi rápido a sair dos postes para anular jogada muito perigosa do Almería.
  • Diogo Spencer — O lateral-direito da formação mostrou serviço. Entrou para a segunda parte e em poucos minutos fez dois remates, um à figura e outro a que faltou outra direção. Deu vida ao corredor e defensivamente soube quase sempre encontrar as melhores soluções para resolver problemas.
  • Gustavo Marques — Defesa-central mais à esquerda, mostrou segurança e fez alguns cortes em antecipação importantes, como o realizado aos 52 minutos quando a bola foi cruzada para o avançado dos espanhóis.
  • Bajrami — Procurou assumir o papel de patrão na defesa e varreu o setor de forma competente, pese embora um ou outro erro. Foi seguro pelo ar e autoritário nos duelos individuais.
  • Martim Neto — Qualidade com a bola nos pés, mas com dificuldades no momento da pressão.
  • João Mário — Equilibrou a equipa no momento em que ela mais precisou e marcou ritmos. Marcou o terceiro golo com um remate de primeira à entrada da área.
  • João Rego — Sentiu dificuldades para entrar no jogo, mas nunca baixou os braços. Solidário, ajudou muito a defesa e procurou carregar o jogo, embora de forma um pouco desconexa.
  • Tengstedt — Sem capacidade para ganhar ou manter a bola. Correu muito, mas não conseguiu marcar posição.
  • Prestianni — Jogou a extremo-esquerdo e esteve muito mexido. Tentou o remate e servir os companheiros. Também foi solidário no momento da pressão e até a recuar para fechar o flanco. A ansiedade prejudicou-o no momento do drible, mas não se inibiu.
  • Arthur Cabral — Menos veloz que Pavlidis ou Marcos Leonardo, o ponta de lança brasileiro fez valer o físico e colocou o ataque encarnado a jogar de forma mais posicional. Aos 53 minutos matou no peito a bola depois de um mau alívio de um adversário e marcou, de chapéu, um grande golo.

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