O presidente do Benfica, Rui Costa, deu uma entrevista onde esclareceu as estratégias do clube em relação às recentes vendas, contratações e a situação financeira, além de abordar o papel das assembleias gerais.

Vendas e mercado de transferências

Sobre a venda de João Neves ao PSG, Rui Costa admitiu que foi uma decisão dolorosa para ambas as partes: “Tanto o João como o Benfica não queriam a saída, mas chegámos a uma proposta de 65 milhões de euros, que poderá atingir os 70 milhões. No atual mercado, este é um valor muito elevado.” O presidente explicou que o mercado estava em queda desde 2016/2017, e que a venda foi uma decisão inevitável face aos valores envolvidos.

A venda de Marcos Leonardo ao Al Hilal por 40 milhões de euros também foi abordada. Rui Costa destacou que, apesar do potencial do jogador, a sua posição de suplente justificava a aceitação da proposta: “Era quase inevitável aceitar 40 milhões por um jogador que corria o risco de jogar pouco.”

David Neres foi outro jogador a sair, com destino ao Nápoles. O presidente explicou que a contratação de Kerem Akturkoglu veio colmatar a saída de Neres, um jogador que, segundo Rui Costa, oscilava entre a titularidade e a suplência: “Aceitámos a proposta do Nápoles e trouxemos um jogador que oferece mais soluções nas alas.”

A saída de Morato para o Nottingham Forest foi justificada com a falta de oportunidades: “Com Otamendi, António Silva e Tomás Araújo, Morato arriscava ser o quarto central, o que significaria pouca utilização.”

Sobre João Mário, que saiu para o Besiktas, Rui Costa elogiou o jogador, mas reconheceu que “algo se partiu pelo caminho” e que ambos concordaram em seguir rumos diferentes.

Contratações e reforço do plantel

O Benfica investiu no reforço do ataque com a contratação de Pavlidis, jogador que Rui Costa descreveu como sendo essencial: “Precisávamos de um ponta-de-lança com características diferentes e que garantisse mais golos do que no ano passado.”

A chegada de Kerem Akturkoglu nos últimos momentos do mercado foi justificada pelas novas leis de imigração, mas Rui Costa sublinhou que o jogador já estava referenciado há algum tempo: “Precisávamos de um criador que pudesse jogar em mais do que uma posição e Kerem oferece isso.”

Outras contratações incluíram Beste, para reforçar as laterais, e Leandro Barreiro, que veio para o meio-campo. Ambos os jogadores foram escolhidos para preencher lacunas identificadas na época anterior. Além disso, Renato Sanches regressou ao clube por empréstimo, após a saída de João Neves, com Rui Costa a destacar o desejo do jogador de voltar a brilhar com a camisola do Benfica.

Situação financeira e objetivos futuros

Em termos de contas, o presidente admitiu que o Benfica terminou o ano com um saldo negativo de mais de 30 milhões de euros, explicando que isso se deveu ao timing das vendas. “Se tivéssemos vendido antes de 30 de junho, o resultado seria positivo, mas preferimos maximizar as receitas das transferências.” Rui Costa garantiu que, apesar dos números negativos, a situação financeira do clube está estável e não há problemas com o fair play financeiro: “Os sócios podem estar tranquilos quanto à saúde económica do clube.”

Assembleias Gerais

Por fim, Rui Costa comentou sobre as próximas assembleias gerais, sublinhando a importância das reformas nos estatutos do clube: “Queremos estatutos que vão ao encontro das necessidades do Benfica e dos seus sócios.” Lamentou também a saída do presidente da mesa da assembleia, Fernando Seara, elogiando o seu trabalho e empenho pelo clube.

A entrevista de Rui Costa clarificou a estratégia do Benfica, tanto em termos desportivos como financeiros. O presidente mostrou confiança no futuro do clube, com um plantel competitivo e equilibrado, e garantiu aos sócios que as decisões tomadas foram sempre no melhor interesse do Benfica.

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