A saída de João Neves do Benfica continua a levantar questões. Se, como afirma Rui Costa, o clube está financeiramente sustentável, não teria sido possível esperar por um momento mais favorável no mercado para vender o jovem talento? Além disso, o salário de Neves, que era metade do que recebia Jurasek, não poderia ter sido ajustado para refletir a sua crescente importância no plantel?

O discurso de Rui Costa sugere que o Benfica fez tudo o que estava ao seu alcance para manter o jogador, até que um valor “inevitável” surgiu. No entanto, este valor foi 60 milhões de euros, apenas metade da cláusula de rescisão estipulada no contrato do jovem médio.

Aqui surgem as primeiras contradições. Se o mercado estava em baixa, como o presidente frisou, e o Benfica é um clube financeiramente estável, como também foi destacado, porque não segurar João Neves por mais uma temporada, até que o mercado estivesse mais favorável, e assim obter uma venda em alta?

A questão dos salários mais elevados no estrangeiro também poderia ter sido suavizada com um aumento salarial, permitindo que “o Joãozinho”, que Rui Costa conhece “desde os 10 anos”, permanecesse mais um tempo no clube que o formou.

Se há capacidade para pagar salários de topo a jogadores cujas contratações geram dúvidas entre adeptos e direção, porque não houve igual consideração por um jogador da formação, com tanto talento? É por serem formados no clube que têm de provar mais do que os outros?

João Neves ganhava 1 milhão de euros anuais (brutos). Este valor era metade do salário de Jurasek, um terço do que recebia Enzo Fernández ou Marcos Leonardo, e um quarto do vencimento de Arthur Cabral. Para se ter uma ideia, o jovem ganhava sete vezes menos do que Di María, um jogador já no final da carreira, mas com um contrato milionário.

A conclusão é simples: o Benfica não fez tudo o que podia para segurar uma das suas maiores promessas.

Além disso, a posição de Rui Costa parece estar a enfraquecer, com críticas cada vez mais frequentes sobre a sua gestão. Os órgãos oficiais do clube evitam questionar decisões polémicas, como a insistência em manter jogadores como Di María, mas não explicam o que realmente foi feito para evitar a saída de João Neves. Este cenário começa a gerar desconfiança entre parte dos adeptos sobre a capacidade de liderança do presidente encarnado.

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