Treinador também recebeu apoio na Luz e saída da Luz parece mais improvável; alemão abre a porta se atitude de alguns adeptos não mudar.
O Benfica fez no domingo o último jogo da época no Estádio da Luz. Goleou o Arouca por 5-0 e o desafio juntou muitas emoções, sobretudo por ter sido a despedida de Rafa, avançado que termina contrato e sairá depois de oito temporadas. Representou também mais um teste para a popularidade de Schmidt, que tem contrato até 2026 mas contestado por uma franja de adeptos.
O Benfica disputou no domingo o último jogo da temporada no Estádio da Luz. Goleou o Arouca por 5-0 e o confronto foi marcado por muitas emoções, especialmente por ser a despedida de Rafa, avançado que termina contrato após oito temporadas. Foi também mais um teste à popularidade de Schmidt, que tem contrato até 2026, mas enfrenta contestação por parte de alguns adeptos.
O treinador alemão foi alvo de assobios no início do jogo, mas também recebeu muitos aplausos, num quadro de incerteza que ainda marca a sua situação no clube.
A opinião dos adeptos sobre se o Benfica deve ou não rescindir com Schmidt parece continuar dividida, e o mesmo acontece na estrutura do clube, como reportou A BOLA. Há desconforto entre elementos da direção em relação ao trabalho realizado nesta época, na qual a equipa não conquistou nenhum título (exceto a Supertaça Cândido de Oliveira), e dúvidas sobre a capacidade do treinador para fazer diferente na próxima época.
A decisão caberá a Rui Costa, presidente do clube e da SAD, que até ao momento não se pronunciou de forma assertiva sobre esta questão. Rui Costa apenas afirmou, no final de abril, que “foram ultrapassados limites” na forma como os adeptos contestaram Schmidt, mas ainda não esclareceu se o manterá para a nova época. No entanto, segundo informações recolhidas, a rescisão do contrato parece cada vez mais improvável, não apenas pelo facto de implicar o pagamento de uma indemnização a rondar os 16 milhões de euros (Schmidt aufere 4 milhões de euros limpos por época e a SAD teria ainda de pagar outros 4 milhões em impostos), embora exista sempre a possibilidade de um acordo ou do interesse de outro clube.
No final da temporada, Rui Costa deverá fazer um balanço público, como é habitual desde que assumiu a presidência, e há a expectativa de que possa esclarecer se vai manter contrato com Roger Schmidt.
O treinador alemão tem sido confrontado com o tema praticamente sempre que fala em público e tem mostrado jogo de cintura, mas também impaciência.
Nas conferências de imprensa de antevisão e do final do jogo com o Arouca, o treinador endureceu um pouco o discurso e deixou recados para os adeptos e para o Benfica. “Nestas circunstâncias não conseguimos ser campeões, é impossível. Se a solução for eu ter de sair, temos de falar sobre isso. Para que todo o estádio esteja do nosso lado, é preciso mudar algo”, avisou, transmitindo a ideia de que não está disposto a ficar sem condições para trabalhar.
Neste momento, Schmidt tem contrato, mas tudo está ainda em aberto para a nova época. A possibilidade de rescisão continuará a ser discutida internamente e, certamente, na opinião pública, mas as sensações do último jogo favorecem a continuidade do técnico que, no seu ano de estreia, conduziu o Benfica à conquista do campeonato de 2022/2023.