A última jornada do campeonato trouxe grande expectativa, pois poderia permitir o regresso do Benfica ao topo da tabela, ainda que de forma temporária. Esta possibilidade adicionou emoção à jornada, trazendo esperança para uns e pressão para outros.

Para que tal acontecesse, os encarnados tinham obrigatoriamente de vencer o Boavista, uma equipa em plena reestruturação, agora comandada por um treinador experiente e reforçada com jogadores veteranos. O Benfica, liderado por Lage, optou por repetir a estratégia utilizada nos Açores, mantendo a equipa e o sistema tático.

A confiança gerada pela boa exibição anterior ajudou também Samuel a regressar à baliza. Na defesa, António Silva e Tomás Araújo voltaram a formar dupla, demonstrando uma parceria sólida e promissora. No ataque, a aposta em Belotti foi acertada, com o italiano a destacar-se e a deixar a sua marca com um golo.

A grande alteração surgiu no meio-campo, devido à ausência de Barreiro e Florentino, dois pilares do setor. Para compensar, Aursnes e Kokçu tiveram de assumir um papel mais esforçado, beneficiando, no entanto, da pouca resistência oferecida pelo adversário.

Com a igualdade pontual estabelecida entre Benfica e Sporting, a luta pelo primeiro lugar entra numa fase ainda mais intensa. O Sporting, que vinha sentindo a pressão da aproximação encarnada, agora vê o rival lado a lado. Psicologicamente, o Benfica pode sair favorecido por vir de trás para a frente, enquanto os leões enfrentam o desafio de manter a liderança sob maior pressão.

Recarga no penálti: um tema a discutir?

As recentes declarações de Pierluigi Collina, histórico árbitro italiano, sobre a possibilidade de eliminar a recarga nos penáltis, geraram debate. Será que as regras antigas devem ser imutáveis?

Na prática, defender um penálti é uma proeza, mas sofrer golo na recarga pode ser frustrante para o guarda-redes. Além disso, o timing de entrada dos jogadores na área é frequentemente confuso e difícil de avaliar.

Esta ideia vai ao encontro de outras alterações que já foram implementadas, como a nova regra nos livres com barreira, que estabelece uma distância entre os atacantes e a linha defensiva, reduzindo contactos desnecessários.

Circo e cortesia nas grandes penalidades

O que não muda no futebol é o comportamento dos jogadores perante uma grande penalidade. O infrator nunca concorda com a decisão do árbitro, os colegas fazem pressão e o guarda-redes tenta desestabilizar o marcador.

Casos recentes ilustram bem esta dinâmica. No último jogo da Udinese, o avançado Luca decidiu marcar um penálti sem ser o designado, desrespeitando as ordens da equipa. Mesmo convertendo o golo, foi imediatamente substituído pelo treinador, servindo de exemplo de que o coletivo está acima do individual.

Por outro lado, houve também momentos de fair play. No Benfica, Pavlidis demonstrou um espírito altruísta ao ceder a vez a Kokçu para marcar um penálti. Um gesto raro e que merece destaque.

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