Extremo realiza o último torneio pela Argentina; continua livre para assinar com qualquer clube
A representar a Argentina num grande torneio pela última vez na carreira — como o próprio já confirmou em várias ocasiões — Di María garante que está a «desfrutar de cada momento», embora não seja sempre fácil lidar com o final.
“Estou a desfrutar de cada momento. Às vezes um pouco mais melancólico, outras vezes mais feliz, mas já está decidido, já disse isso muitas vezes, não há mais volta a dar. Espero que sejam os últimos três jogos e que continuemos no caminho em que estamos,” disse o extremo, em declarações ao jornal desportivo argentino Olé, após a vitória sobre o Peru.
El Fideo terminou contrato com o Benfica no dia 30 de junho e, apesar de ainda não saber que camisola vai vestir na próxima época, frisou que o importante é a que está a vestir agora: “Estou orgulhoso por vestir esta camisola depois de tantos anos e que as pessoas me aplaudam de pé, como tem acontecido ultimamente.”
Com problemas físicos nos últimos dias, a presença de Lionel Messi no onze inicial contra o Equador, nos quartos de final da Copa América, ainda está por confirmar, pelo que Di María poderá voltar a ser o capitão. “Infelizmente, sempre que é a minha vez, é porque o Leo tem alguma coisa e essa é a única coisa de que não gosto,” disse, sobre a responsabilidade de capitanear a albiceleste, sublinhando que a equipa tenta “fazer o melhor que pode quando ele não está” e que tem de “fazer o dobro para conseguir um resultado positivo.”
Ainda assim, não esconde o orgulho de usar a braçadeira, relembrando a última ocasião em que a usou, com a filha ao seu lado quando entrou em campo para enfrentar o Perú: “Foi um momento muito especial para mim, sei que falta muito pouco e poder entrar com ela, ainda por cima como capitão, estar presente no hino com ela, ver as pessoas, foi inesquecível. Não o pude fazer com as minhas duas filhas juntas, mas pronto.”
A Argentina realizou, até agora, um torneio imaculado, com três vitórias na fase de grupos e zero golos sofridos. “É difícil para nós, porque eles defendem com a linha muito recuada, há pouco espaço, mas no final, devido à qualidade dos jogadores, acabamos por encontrar o espaço de que precisamos,” disse o craque argentino, antes de abrir caminho para a nova geração de talentos: “Quando há jogadores jovens, tentamos ajudá-los a sentirem-se confortáveis, a ganharem confiança. Garnacho teve várias oportunidades quando entrou para marcar um golo, não conseguiu, mas o importante é que teve alguns minutos, que começou a sentir o que é uma Copa América e a sentir o que é vestir esta camisola.”