Além de destacar as qualidades como treinador, o jovem enaltece o lado humano do técnico alemão: “É uma pessoa fantástica”
João Neves foi a grande revelação da temporada 2022/23 do Benfica. Quando Enzo Fernández se transferiu para o Chelsea, muitos temiam pela falta que o argentino faria no meio-campo das águias. No entanto, surgiu João Neves, um jovem que ainda não era titular indiscutível da equipa B. Cerca de um ano e meio depois, Neves está de partida para o PSG, numa transferência avaliada em 60 milhões de euros. Na hora de se despedir, o jovem jogador não esqueceu Roger Schmidt, o treinador que confiou no seu potencial para subir à equipa principal.
“Em primeiro lugar, quando falo de Roger Schmidt, só tenho de lhe agradecer. Foi ele que me deu a oportunidade, foi ele que acreditou em mim, se calhar quando eu também não acreditava que estava preparado para fazer o meu primeiro jogo a titular contra o Estoril. Tenho uma dívida muito grande, porque foi ele quem me pôs nesta situação. Nunca me esquecerei do míster Roger Schmidt,” afirmou o jovem numa entrevista aos meios de comunicação do Benfica, onde aproveitou para enaltecer as qualidades humanas do treinador alemão: “Não sendo só a parte desportiva que eu avalio, porque passo os dias com ele, também avalio a parte pessoal. O míster, além de um treinador, é uma pessoa fantástica, um ser humano fantástico, que não se relaciona com o jogador só por ser jogador de futebol, mas também por ser humano. Gostei muito de trabalhar com o míster. Acho que tem ideias boas, que nos levaram ao campeonato número 38. Apesar de não termos conquistado o 39, seguimos as ideias do míster. As ideias eram as certas e nós sabemos disso. Para mim, a parte humana foi um gosto conhecer o míster Roger Schmidt.”
Na mesma entrevista, João Neves reconheceu que aprendeu muito com Schmidt, especialmente no que diz respeito a deixar de lado um estilo de jogo “muito infantil”. “Tentou fazer com que eu jogasse menos no jogo curto, porque gosto de jogar o jogo curto, um jogo muito infantil, e ele alertou-me para isso. Tentar ver mais à frente, linhas mais à frente. Não só ele, mas também a equipa técnica, sempre trabalhou comigo dentro do campo, dentro do treino, para melhorar aspetos que – não é que fossem maus – eram menos fortes.”