Produtos do Seixal como Pedro Santos, Rego ou Varela espreitam a pré-época do Benfica; Schjelderup, Prestianni, Rolheiser e mais
A aposta na formação do Seixal e no lançamento de jovens talentos na equipa principal do Benfica tem sido uma das prioridades no projeto de futebol que Rui Costa implementou desde que assumiu a presidência do clube e contratou Roger Schmidt como treinador em 2022/2023. A temporada de estreia resultou na conquista do título.
Com o diretor desportivo Rui Pedro Braz a gerir o mercado e o scouting, e o administrador Lourenço Pereira Coelho a coordenar o futebol profissional, o plantel foi profundamente reformulado logo nessa época. A média de idades dos jogadores do grupo baixou de 27 anos, em 2021/22, para 25,5. Em 2023/24 voltou a descer para 25 anos.
Olhando agora para 2024/25, o clube tem vários jogadores nascidos depois de 2000 que podem ser chamados ao plantel da nova temporada. Claro que nem todos entrarão nas contas de Roger Schmidt, e muito dependerá ainda das movimentações do mercado de transferências deste verão — António Silva e João Neves, com 20 e 19 anos, são dois dos ativos mais valiosos do plantel e têm vários clubes importantes interessados —, mas são esperadas surpresas na próxima pré-época dos encarnados.
Elegíveis para o plantel de 2024/25, nascidos a partir de 2000/Rendimento em 2023/24
Os médios Paulo Bernardo e Martim Neto, e o ponta de lança Henrique Araújo, emprestados durante a última época ao Celtic de Glasgow, Gil Vicente e Famalicão, respetivamente, já foram analisados na pré-época passada e têm sido acompanhados de perto por Schmidt e pelo clube. Embora nada esteja ainda completamente decidido, os três jogadores podem ser novamente cedidos ou vendidos em definitivo.
Paulo Bernardo, por exemplo, foi cedido com opção de compra (cerca de €7 milhões) e os escoceses do Celtic estão a avaliar o negócio.
O foco estará mais em jovens da formação como Pedro Santos, João Rego ou Gustavo Varela. Os dois últimos foram chamados à equipa principal na fase final da temporada e chegaram a jogar na Liga. Existe uma forte possibilidade de Roger Schmidt os querer levar para o estágio para avaliar melhor uma possível integração na equipa principal.
Os reforços
Mais relevante será perceber como o treinador vai enquadrar e potenciar cinco jovens que tentarão afirmar-se na nova época.
O extremo Andreas Schjelderup regressa pela porta grande depois de ter sido considerado o melhor jogador da liga dinamarquesa pelo Nordsjaelland, onde jogou por empréstimo. Rollheiser e Prestianni, extremos argentinos, foram contratados em janeiro deste ano e trabalharam no contexto do plantel principal. 2024/25 será a época para demonstrarem a sua qualidade.
O mesmo se aplicará ao ponta de lança brasileiro Marcos Leonardo e ao lateral-esquerdo Álvaro Carreras, também contratados no mercado de inverno e que já deram boas indicações nos últimos seis meses da temporada passada. Estes quatro jogadores, que chegaram em janeiro, representaram para a SAD um investimento global acima dos €40 milhões. Vieram com o futuro em mente, explicou publicamente Rui Costa.
A este lote junta-se ainda Tiago Gouveia, mais um produto do Seixal. Jogou pouco durante a temporada, mas mesmo assim apresenta números interessantes, que já suscitaram o interesse de vários clubes da segunda Liga inglesa e merecem certamente a atenção do Benfica.
É, pois, um autêntico pelotão da juventude aquele que Schmidt terá para avaliar no Benfica.