— Qual é a sua opinião sobre o jogo?
— Estamos muito desiludidos por termos sido eliminados. Quem chega à meia-final quer chegar à final. Jogámos como uma equipa que queria estar na final. Os jogadores fizeram um jogo excelente, claro que o Estoril é perigoso nos momentos de transição, nos contra-ataques, sabíamos disso e tiveram uma oportunidade para marcar. Depois conseguimos controlar o jogo, criámos muitas oportunidades claras para marcar contra uma equipa num bloco compacto. Não fomos eficazes, e essa é a principal razão para não termos vencido. Não aproveitámos as nossas oportunidades para conseguir uma vitória clara. Jogámos como uma equipa que poderia ter vencido bem. Mas parabéns ao Estoril, conseguiu chegar à final e boa sorte para sábado.
— Por que lançou Álvaro Carreras e Tomás Araújo?
— Fredrik [Aursnes] e Morato correram muito, houve muita intensidade, tiveram de defender contra-ataques, Morato também já tinha visto um cartão amarelo e precisávamos de refrescar essas posições. Também atacámos muito pelas alas e precisávamos de mais energia para criar situações ofensivas. Rafa, Ángel [Di María], Marcos Leonardo e Tiago Gouveia estavam bem. Não precisava de mais jogadores ofensivos, continuámos a criar oportunidades claras de golo. O momento era bom para nós e precisávamos de velocidade nas alas para lidar com os contra-ataques do Estoril.
— Qual foi a estratégia para lidar com os contra-ataques do Estoril?
— Quando tentamos contrariar uma equipa que aposta nos contra-ataques, temos de ser bons na posse de bola, na organização defensiva e, se eles tiverem esses momentos, temos de estar preparados para defender. Foi o que fizemos. Só tiveram um momento perigoso, não remataram quase à baliza, conseguimos controlar o Estoril e, por isso, penso que os jogadores estiveram muito bem.
— Como está Marcos Leonardo, que perdeu uma boa oportunidade para decidir o jogo e falhou um penálti no desempate?
— Não foi só o Marcos Leonardo que desperdiçou uma oportunidade, quase todos os jogadores tiveram ocasiões para marcar o golo decisivo. Faz parte do futebol. Não há nada a dizer-lhe. Até bate muito bem os penáltis, marcou muitas vezes, infelizmente falhou desta vez.
— Por que jogou Petar Musa?
— Petar está em muito boa forma, treinou-se muito bem, por isso teve a oportunidade de ser titular. Jogou bem, também perdeu algumas oportunidades.
— Qual a avaliação ao trabalho do árbitro?
— Não tenho nada a dizer.
— Que impacto pode ter esta eliminação?
— Temos de crescer com vitórias e sucesso e também podemos fazê-lo com derrotas. É importante, para mim, perceber como fomos derrotados. Não foi como uma equipa não preparada, que não tentou tudo, que não jogou bem, que não criou oportunidades. Fizemos tudo para ganhar. Não podemos criar mais oportunidades, só permitimos um remate ao Estoril. O que podemos fazer melhor? Marcar golos. É isso. Mas faz parte do futebol, temos de aceitar que isto acontece, não somos a primeira equipa a quem isso aconteceu. Agora espero que estejamos concentrados no campeonato, na Liga Europa e na Taça de Portugal.