Presidente do Sporting não se arrepende da aposta arriscada que fez em 2020

Frederico Varandas contou este sábado, no programa ‘Alta Definição’, da SIC, como foi a contratação de Rúben Amorim. O presidente dos leões admite que foi desaconselhado a contratar o jovem técnico.

“Fui [desaconselhado] e ainda bem que fui. Foi uma decisão marcante. Teve muito a ver com a intuição mas também com a parte racional. Lembro-me do primeiro jogo dele [no Sp Braga]. Acabei o jogo e fiquei preocupado, foi o primeiro sentimento que tive. Fui falar com o [Hugo] Viana. Entendemo-nos muito bem. Senti que as coisas não estavam bem também em virtude da questão financeira. Quando não há dinheiro, não há dinheiro. Tínhamos de começar com calma. Quando começamos a ver a fase de evolução do Rúben, perguntei ao Viana se dava para falar com ele. O Viana começa-se a rir. O Rúben tinha uma cláusula de 10 milhões”, recordou.

Eu e o Viana fomos ao Norte. O que é que eu senti? Primeiro, a parte racional. Depois, a parte intuitiva que sinto que é ‘louca’, mas o acreditar que o Rúben tem no olhar… Fechamos a porta, entramos no elevador, o Viana olha para mim, ri-se e diz ’10 milhões é muito dinheiro’. E eu: ‘Viana, qual é o melhor treinador para o Sporting? Eu não tenho dúvidas, tu tens?’. A única pessoa que estava alinhada comigo era mesmo ele. Ele nunca quis sequer sugerir outra coisa. Se calhar já devia ter ido buscar o Rúben há mais tempo. Depois, havia a questão do dinheiro. Disse ao Viana que a decisão estava tomada lá em baixo, depois de saírmos do elevador”, acrescentou.