No Estádio da Luz, este domingo, o Benfica impôs-se ao FC Porto com uma vitória avassaladora de 4-1, numa exibição que beirou a perfeição e que apenas foi ameaçada pelo golo isolado de Samu após erro de Otamendi. A partida demonstrou o total domínio dos encarnados, que sufocaram o adversário em quase todos os momentos.

Este clássico foi uma autêntica exibição de força do Benfica, contrastando com a desconcentração e desgaste evidente do FC Porto, que se viu completamente neutralizado. “Colapso” descreve perfeitamente o que aconteceu com o FC Porto, e “esmagador” define o Benfica neste embate.

Histórico dominador

Esta vitória do Benfica é um marco histórico, pois há mais de 52 anos que os encarnados não conseguiam marcar quatro ou mais golos ao FC Porto, desde o 6-0 nas meias-finais da Taça de Portugal de 1972. Na liga, o último feito similar remonta a 1964, quando venceram por 4-0.

O início avassalador do Benfica

O Benfica entrou em campo com uma intensidade notável, pressionando o FC Porto desde os primeiros minutos. Di María, aos 18’, e Pavlidis, aos 19’, foram os primeiros a ameaçar. Aos 21’, Kokçu tentou de livre direto, criando um momento de perigo junto à baliza de Diogo Costa. Os encarnados não deram espaço para o Porto respirar, que apenas conseguiu esboçar duas jogadas: um remate de Galeno ao poste, aos 13’, e uma tentativa de Samu, que acabou anulada por fora de jogo.

Aos 30’, a superioridade encarnada foi finalmente recompensada. Tomás Araújo lançou um passe longo para Carreras, que fintou o defesa portista e rematou para o golo, após ligeiro desvio de Alan Varela. O Benfica não abrandou e continuou a buscar o segundo golo, com Pavlidis a acertar no poste logo a seguir.

O FC Porto tenta reagir

O FC Porto parecia anestesiado pela intensidade benfiquista. Mesmo quando os dragões finalmente reagiram, os seus esforços foram tímidos. “Foi uma vitória justa do Benfica, a culpa é minha”, lamentou o treinador portista Vítor Bruno, reconhecendo a fraqueza da sua equipa neste confronto.

Num raro momento de oportunidade, Samu aproveitou uma falha de Otamendi aos 44’ para empatar. Foi um golo inesperado que trouxe uma centelha de esperança para o Porto e encerrou a primeira parte com o resultado equilibrado. “Voltámos a ser o Benfica”, celebrou Di María após o jogo, refletindo o espírito da equipa.

O segundo tempo: Benfica mantém a pressão e aumenta a vantagem

Na segunda parte, o Benfica manteve a pressão, e aos 56’ voltou à liderança. Di María recebeu um passe de Aursnes, passou pela defesa portista e, à saída de Diogo Costa, marcou o 2-1. Aos 62’, um passe de Tomás Araújo encontrou Bah, que cruzou para Pavlidis; no entanto, Nehuén Pérez acabou por desviar para a própria baliza, aumentando para 3-1.

Com a equipa do FC Porto emocionalmente em queda, o Benfica mostrou um fôlego e uma confiança inabaláveis, mesmo com meia hora ainda para jogar. Finalmente, aos 82’, Di María selou a vitória com uma grande penalidade, após falta de Alan Varela sobre Otamendi, estabelecendo o 4-1 final.

Conclusão

Foi uma exibição de gala do Benfica, que dominou em todos os aspetos e deixou claro que a sua presença no campeonato será difícil de bater. O FC Porto, por sua vez, terá de encontrar respostas rápidas para os erros e desequilíbrios que marcaram esta partida.

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